Num discurso pontuado por palavras em diferentes idiomas usados na União Europeia, Thorbjoern Jagland lembrou que a União Europeia recebeu esta distinção por ter conseguido transformar a Europa "de um continente de guerra num continente de paz" nos últimos 60 anos..CLIQUE AQUI PARA SEGUIR EM DIRETO A ENTREGA DO NOBEL:."Salvaguardar o que foi ganho e melhorar aquilo que foi criado para nos permitir resolver os problemas que ameaçam a comunidade europeia é a única forma de resolver os problemas provocados pela crise financeira", disse Jagland..O Nobel da Paz foi entregue aos representantes das três principais instituições europeias, Durão Barroso, da Comissão, Van Rompuy, presidente do Conselho, e Martin Schulz, do Parlamento Europeu..Na sua intervenção, Durão Barroso salientou que "a 'pacificação da Europa' era uma das principais preocupações de Alfredo Nobel e que, nos últimos 60 anos, "o projeto europeu demonstrou a possibilidade de pessoas e nações ultrapassarem as suas fronteiras, que é possível ultrapassar as diferenças entre 'nós' e 'eles'".."Hoje, um dos símbolos mais visíveis da nossa unidade está na mão de todos. É o euro, a moeda da nossa União Europeia", declarou Barroso. "Que será defendido". .Barroso não deixou de recordar a situação na Síria, declarando que a presente conjuntura "é uma mancha na consciência mundial e a comunidade internacional tem o dever moral" de pôr fim ao que está a suceder naquele país..Reconhecendo a existência de "imperfeições" na UE, "esta é uma importante inspiração para muitos em todo o mundo. Os desafios que enfrenta cada região podem ser de escala diferente, mas não é diversa a sua natureza".."Partilhamos todos o mesmo planeta. A pobreza, o crime, o terrorismo, alterações climática: estes problemas não respeitam as fronteiras nacionais", afirmou o presidente da Comissão. .Por seu lado, o presidente do Conselho Europeu, Van Rompuy, salientou a ousadia do projeto europeu concebido pelo "Fundadores" com estes a demonstrarem-se convictos de "que era possível pôr fim a este ciclo infindável de violência, para determos a lógica da vingança, para se construir um futuro melhor, e em conjunto"..É verdade, disse Rompuy, que "poderia haver paz na Europa sem a União. Talvez. Nunca se saberá. Mas não seria a mesma coisa, não teria a mesma qualidade. Uma paz duradoura e não um cessar-fogo gelado"..Mas os "gestos simbólicos não são suficientes para cimentar a paz", disse Rompuy. Citando Jean Monnet, o presidente do Conselho, declarou, em francês, que "é melhor enfrentarmo-nos à volta de uma mesa do que num campo de batalha"..Perante os atuais desafios, o dirigente europeu salientou que estes são "reais". E, recorrendo a palavras do presidente americano Abraham Lincoln, a questão real é se "esta União, ou qualquer outra União concebida nestes termos e com estes propósitos, pode ou não subsistir".